Um Guia para Iniciantes sobre Diagramas de Fluxo de Dados
Diagramas de fluxo de dados (DFDs) são ferramentas visuais que representam o fluxo de dados em um sistema. Eles são usados para entender, analisar e documentar sistemas complexos, especialmente em desenvolvimento de software, engenharia de sistemas e análise de negócios. DFDs são essenciais para a comunicação eficaz entre stakeholders, como desenvolvedores, analistas de negócios e usuários finais.
Neste artigo, você aprenderá os fundamentos dos DFDs, incluindo seus componentes, tipos, símbolos e usos. Também exploraremos como criar DFDs e fornecemos exemplos práticos para ilustrar os conceitos.
Componentes de um Diagrama de Fluxo de Dados
Um DFD consiste em quatro componentes principais:
- Entidades Externas: Representam fontes ou destinos de dados fora do sistema que está sendo modelado. Podem ser pessoas, departamentos, outros sistemas ou dispositivos externos.
- Processos: Representam as transformações de dados dentro do sistema. Eles recebem dados de entrada, processam-nos e geram dados de saída.
- Armazéns de Dados: Representam locais onde os dados são armazenados dentro do sistema. Podem ser bancos de dados, arquivos, tabelas ou outros mecanismos de armazenamento de dados.
- Fluxos de Dados: Representam o movimento de dados entre os componentes do sistema. Eles são geralmente representados por setas com rótulos que descrevem o tipo de dados que estão sendo transferidos.
Tipos de Diagramas de Fluxo de Dados
Existem dois tipos principais de DFDs:
- DFD de Nível 0 (Diagrama Contexto): Este é o nível mais alto de abstração do DFD, que mostra a visão geral do sistema como um todo. Ele representa o sistema como um único processo e mostra suas interações com entidades externas. Os DFDs de nível 0 são úteis para entender o escopo do sistema e seus principais relacionamentos externos.
- DFD de Nível 1 (Diagrama Detalhado): Este nível de DFD decompõe o sistema em sub-sistemas ou processos individuais. Cada processo no DFD de nível 0 é expandido em um DFD de nível 1 para mostrar seus componentes internos, fluxos de dados e relacionamentos com outros processos. Você pode criar DFDs de nível 2, 3 e assim por diante, expandindo os processos ainda mais até alcançar o nível de detalhamento desejado.
Símbolos Comuns em DFDs
Os DFDs usam uma variedade de símbolos para representar os diferentes componentes do sistema. Aqui estão alguns dos símbolos mais comuns usados em DFDs:
- Entidade Externa: Representada por um retângulo com nome no interior.
- Processo: Representado por um círculo com nome no interior.
- Armazém de Dados: Representado por duas linhas paralelas com nome no interior.
- Fluxo de Dados: Representado por uma seta com nome no interior.
Usos de Diagramas de Fluxo de Dados
DFDs são ferramentas versáteis que podem ser usadas em uma ampla gama de aplicações, incluindo:
- Análise de Sistemas: DFDs ajudam a entender os fluxos de dados em um sistema existente, identificando gargalos, redundâncias e áreas de melhoria.
- Modelagem de Sistemas: DFDs são usados para criar modelos visuais de sistemas propostos, representando o fluxo de dados esperado, as transformações e os armazenamentos de dados.
- Documentação de Sistemas: DFDs fornecem uma forma clara e concisa de documentar a estrutura e o comportamento de um sistema, facilitando o entendimento e a manutenção.
- Comunicação com Stakeholders: DFDs podem ser usados para comunicar os requisitos e o design do sistema a stakeholders, como desenvolvedores, analistas de negócios e usuários finais, promovendo um entendimento comum.
- Teste de Sistemas: DFDs ajudam a definir casos de teste e validar se o sistema está funcionando conforme o esperado.
Como Criar um Diagrama de Fluxo de Dados
Aqui estão as etapas envolvidas na criação de um DFD:
- Identifique as Entidades Externas: Determine todas as fontes e destinos de dados fora do sistema.
- Defina os Processos: Identifique as principais transformações de dados que ocorrem no sistema.
- Identifique os Armazéns de Dados: Determine onde os dados são armazenados no sistema.
- Mapeamento dos Fluxos de Dados: Trace o movimento de dados entre os componentes do sistema.
- Crie o DFD de Nível 0: Represente o sistema como um todo, mostrando suas interações com entidades externas.
- Crie DFDs de Nível Superior: Decomponha o sistema em sub-sistemas ou processos individuais, criando DFDs de nível 1, 2 e assim por diante, conforme necessário.
Dicas para Criar DFDs Eficazes
Aqui estão algumas dicas para criar DFDs eficazes:
- Manter a Simplicidade: DFDs devem ser claros e concisos, evitando detalhes irrelevantes.
- Usar Símbolos Padronizados: Utilize símbolos padrão para representar os componentes do sistema, garantindo consistência e clareza.
- Fornecer Nomes Descriptivos: Use nomes que sejam descritivos e informativos para os componentes do sistema.
- Criar DFDs Hierárquicos: Use níveis de DFDs para dividir o sistema em sub-sistemas ou processos individuais, facilitando o entendimento e a análise.
- Obter Feedback: Obtenha feedback de stakeholders para garantir que o DFD representa com precisão o sistema e atenda às suas necessidades.
Exemplos de Diagramas de Fluxo de Dados
Aqui estão alguns exemplos de DFDs:
- Sistema de Venda Online: Este DFD pode mostrar o fluxo de dados de um cliente fazendo um pedido online, desde a navegação no site até a finalização da compra. Os componentes do sistema incluem entidade externa (cliente), processos (adicionar ao carrinho, processar pagamento), armazéns de dados (banco de dados de produtos, banco de dados de pedidos) e fluxos de dados (informações de produtos, informações de pedido).
- Sistema de Gestão de Estoque: Este DFD pode mostrar o fluxo de dados no sistema de gestão de estoque de uma empresa, desde a recepção de novos produtos até a expedição de pedidos. Os componentes do sistema incluem entidades externas (fornecedores, clientes), processos (receber estoque, expedição), armazéns de dados (banco de dados de estoque) e fluxos de dados (informações de estoque, informações de pedido).
- Sistema de Gerenciamento de Clientes: Este DFD pode mostrar o fluxo de dados no sistema de gerenciamento de clientes de uma empresa, desde a coleta de informações de clientes até a análise de dados de clientes. Os componentes do sistema incluem entidades externas (clientes), processos (cadastro de clientes, gerenciamento de contato), armazéns de dados (banco de dados de clientes) e fluxos de dados (informações de clientes, informações de contato).
Conclusão
Diagramas de fluxo de dados são ferramentas visuais essenciais para entender, analisar e documentar sistemas complexos. Ao compreender os componentes, tipos e usos de DFDs, você pode criar modelos eficazes que promovam a comunicação e o entendimento entre stakeholders. Ao seguir as dicas para criar DFDs eficazes, você pode garantir que seus diagramas sejam claros, concisos e informativos.
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